terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Aos meus amores, irreveláveis.


... e assim começo pelo fim, adepta à ideia do eterno retorno.



PARTE I - PARA ELE

Meu Garoto,

Como bicho amuado eu me escondo do mundo diante do espelho, e aquela lágrima no peito eu enxugo com a toalha que outrora secou o teu corpo.
O teu corpo magro, torto, de postura ruim. O teu corpo que exala cheiro de sexo e suor nos meus lençóis, e ainda assim me adormece.
Tu és um vinho velho, que tomarei calmamente.
Beberei da tua fonte, até secar-te em mim.

Maria.

Nenhum comentário: